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08/10/2010

Mario Vargas Llosa fatura o Nobel

Quase 30 anos depois da premiação de Gabriel García Márquez, o Nobel finalmente consagra outro autor latino-americano à sua altura, de forma mais que merecida. Mas, diferentemente do que aconteceu com o colombiano, cujo engajamento só fez reforçar a sua projeção como escritor, a dedicação cada vez maior de Mario Vargas Llosa à política parece ter deixado um pouco na sombra a sua obra ficcional.
O anúncio do Nobel coincide com o lançamento no Brasil do livro ‘Sabres e utopias’, uma reunião de artigos sobre política, direitos humanos, História e literatura (editora Objetiva, 432 pgs. R$ 49,90).  O volume inclui, aliás, resenhas de diversos romances de García Márquez, além de textos inspirados sobre Jorge Amado e Euclides da Cunha – inspirador do romance de Vargas Llosa ‘A guerra do fim do mundo’, sobre Canudos.

Mas os artigos mais interessantes acabam mesmo sendo aqueles que comentam a política da América Latina, historicamente marcada pelo combate entre a democracia e a liberdade e os podres poderes de ridículos tiranos. Independente, Vargas Llosa não usa meias-palavras, fazendo duras críticas, por exemplo, à política externa do Governo Lula, no texto ‘O socialismo do século XXI’. Leia mais.

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