Páginas

06/10/2010

Goleiro Bruno vai processar o Flamengo

Em entrevista a ÉPOCA, Ércio Quaresma afirma que está preparando uma ação por danos trabalhistas, morais e materiais.

Ércio Quaresma é o advogado do goleiro Bruno, principal acusado da morte e do desaparecimento do corpo de Eliza Samúdio, sua ex-amante. O advogado recebeu, nos últimos dias, diversas acusações da família do goleiro. A avó, Estela Santana, 78 anos, disse que o advogado ameaçou a família de morte, caso o goleiro resolvesse mudar de advogado. “Ele só está interessado no dinheiro de Bruno e quer vender o sítio dele de qualquer jeito”, diz. Ela ainda o acusou de ficar com todo o dinheiro de Bruno e só ter repassado R$ 1 mil a ela.

O advogado se defendeu, em entrevista, nesta quinta-feira (7), a ÉPOCA. “Eu tenho uma procuração do Bruno para administrar todos os bens dele e ele determinou que eu desse isso a ela.” As acusações da avó do goleiro não terminam aí. “Ele está dopando o meu neto para que ele passe mal nas audiências. Ele já fez isso no Rio”, disse Dona Estela, que enxerga conflito entre a estratégia de defesa de Ércio e a opinião da família. “Ele quer que Bruno minta. Nós só queremos a verdade.”

Ex-policial civil, Ércio é conhecido por seu temperamento explosivo. Em 2003, foi condenado a pagar R$ 20 mil de indenização ao juiz Sérgio Xavier por ofensa a honra. No ano passado, chegou a ser preso com três pedras de crack na boca. “Fiquei preso cinco minutos. Nunca ouvi falar que alguém come pedra”, debocha. Ele diz que Dona Estela está sendo manipulada. “Muitas pessoas estão fazendo a cabeça dela contra mim. Se ela acha R$ 1 mil pouco, está no seu direito. É o que o Bruno manda dar”, diz.

Ele deu a ÉPOCA sua versão dos fatos e revelou a fortuna que está cobrando do seu cliente. Deu a entender que o valor acertado com Bruno para a defesa do atleta ultrapassa R$ 10 milhões. “Já recebi R$ 215 mil. Isso não é 2% do que vou cobrar dele.” O advogado já prepara uma ação contra o Flamengo exigindo R$ 50 milhões por danos trabalhistas, morais e materiais. Com um estilo no mínimo exótico, ele já apelidou todos os envolvidos no caso. O delegado Edson Moreira, por exemplo, é o Neanderthal. Patrícia Amorim, Patrícia Tamborim, e a delegada Alessandra Wilke, a paquita. Na entrevista, ele faz várias acusações ao delegado Edson Moreira.

Leia a entrevista na íntegra.

Nenhum comentário: